Transplantes de Órgãos e Tecidos
Atitude e conscientização: Os primeiros passos para salvar vidas!
Vídeo sobre transplantes que mostra a luta dos pacientes para receber um órgão.
Matéria exibida no fantástico exibida no dia 10 de maio de 2009.
O que é?
O transplante, também chamado de transplantação, é a transferência de células, tecidos e órgãos vivos com a finalidade de restabelecer uma função perdida.
De modo geral, há dois tipos de transplantes: o autólogo, cujas células, tecidos ou órgãos são retirados da própria pessoa e implantados em um local diferente do corpo; e o alogênico, que compreende a retirada de material de outra pessoa (doador) para ser implantada no paciente (receptor).
A maioria dos transplantes é realizada com a utilização de órgãos de indivíduos que morreram recentemente, embora em alguns casos o material possa ser retirado de um doador vivo – o que oferece um risco bem menor ao receptor. Contudo, nem sempre é possível encontrar um doador vivo e nem todos os órgãos do corpo podem ser retirados.
Além disso, uma questão importante é o risco de rejeição. Isso ocorre quando o sistema imunológico do receptor, responsável por combater as ameaças externas (bactérias, vírus, células cancerosas, por exemplo), não reconhece o novo tecido e passa a produzir anticorpos contra ele. Essa reação do organismo acaba causando a destruição do órgão transplantado e, em casos extremos, pode levar à morte.
Para evitar a rejeição, o transplante é realizado apenas após a verificação de compatibilidade de sangue e antígenos, ou seja, das moléculas do corpo capazes de iniciar a resposta imune. Quanto maior a compatibilidade dos antígenos do doador e do receptor, mais altas são as chances de o procedimento ser bem sucedido.
Mesmo que a compatibilidade seja alta, os tecidos são rejeitados. Por esse motivo, os pacientes devem se submeter a medicamentos imunossupressores permanentemente na maioria dos casos. Transplantes autólogos não oferecem risco de rejeição já que o código genético do material é o mesmo.
Tipos
Os transplantes mais realizados no mundo são os de medula óssea, rim, fígado, coração, pulmão e pâncreas. Podem ser também utilizados intestinos, córneas, pele, osso, válvulas cardíacas e tendões. Atualmente, equipes médicas internacionais têm tido sucesso no transplante de rostos e membros como mãos e pernas.
Pacientes com insuficiência renal podem se submeter ao procedimento como uma alternativa à diálise. Além disso, a doação pode ser feita por um doador vivo, já que cada indivíduo tem dois rins, e a retirada de um não acarreta mudanças significativas no organismo. A cirurgia envolve o enxerto do órgão, conexão dos vasos sanguíneos e do trato urinário do receptor.
O transplante de fígado é a única opção para indivíduos cujo órgão deixa de funcionar. Em alguns casos, é possível enxertar apenas parte (entre 20% a 60%) do fígado retirado de um doador vivo. Essa prática é mais comum quando o receptor é um bebê ou uma criança. Pela capacidade de regeneração do órgão, casos bem sucedidos mostram recuperação de até 90% do volume normal do fígado.
Procedimentos envolvendo o coração são indicados para pacientes que apresentam doenças cardíacas graves e não podem ser tratados com medicamentos ou outras cirurgias. Em casos em que uma doença pulmonar provocou lesão cardíaca, o transplante de ambos os órgãos é realizado de forma combinada. O pulmão pode ser de um doador vivo (apenas um lado) ou falecido (os dois lados). Com o objetivo de prevenir mais complicações decorrentes do diabetes, o transplante de pâncreas é realizado.
Inicialmente realizado para o tratamento da leucemia, e outras doenças do sangue, o transplante de medula óssea atualmente beneficia pacientes com outros tipos de câncer que se submetem a quimioterapias e radioterapias. Desta maneira, o líquido da medula é retirado antes do tratamento e posteriormente injetado no corpo para a recuperação. A medula óssea também pode ser obtida de um doador vivo compatível.
Curiosidades
No Brasil, o transplante de um órgão de uma pessoa já falecida só é realizado caso algum membro da família autorize o procedimento, mesmo que em vida o indivíduo manifeste o desejo de doar os seus órgãos após a morte. Por isso, é importante que a pessoa discuta a questão com os familiares sempre de forma que o tempo gasto com a retirada do órgão e transplante seja o menor possível.
O tempo máximo de preservação fora do corpo do coração e pulmão varia entre quatro e seis horas. Do fígado, de 12 a 24 horas, e dos rins até 48 horas. Pacientes com sangue tipo O demoram mais para receber órgãos, pois dependem de indivíduos com o mesmo tipo sanguíneo.
O primeiro transplante parcial de rosto foi realizado em 2005 para recuperar o rosto de uma mulher que tinha perdido nariz, lábios e queixo. Os médicos implantaram pele, gordura e vasos sanguíneos. Em 2010, o primeiro transplante total de rosto foi também bem sucedido com o enxerto de pele, músculos, nariz, lábios, maxilar superior, dentes, ossos das maçãs do rosto e da mandíbula. Transplantes de membros como mãos e pernas também já são realidade.
Estudos com transplantes de células pancreáticas saudáveis mostram que o método pode ser, futuramente, uma alternativa ao transplante total do órgão. Além disso, cientistas já conseguiram criar células do fígado a partir de células-tronco da pele que poderiam regenerar partes lesadas. Células adultas não musculares também já foram “reprogramadas” com sucesso para se tornarem células musculares cardíacas, mostrando ser possível converter qualquer célula do corpo um dia, induzindo a regeneração de um órgão ou defeito do corpo sem a necessidade de transplante.
Principais doenças relacionadas
- Alcoolismo (transplante de fígado em pacientes que estão abstêmios há meses)
- Cardiopatias (transplante de coração)
- Cirrose (transplante de fígado)
- Complicações por diabetes (transplante de rim e transplante de pâncreas)
- Diabetes (transplante de pâncreas)
- Doença arterial coronária (transplante de coração)
- Doença cardíaca coronária (transplante de coração)
- Doença de Chagas (transplante de coração)
- Doença hepática (transplante de fígado)
- Doenças pulmonares (transplante de pulmão)
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
- Fibrose cística (transplante de fígado)
- Hepatite C (transplante de fígado)
- Insuficiência renal (transplante de rim)
- Leucemia (transplante de medula óssea)
- Linfoma Hodgkin (transplante de medula óssea)
- Linfoma não-Hodgkin (transplante de medula óssea)
Chances de sucesso
O sucesso depende de inúmeros fatores como: o tipo de órgão a ser transplantado, causa da doença, condições de saúde do paciente, características do doador e sua compatibilidade com o receptor.
Existem pessoas que fizeram transplante de órgãos há mais de 25 anos, tiveram filhos e levam hoje uma vida ativa e normal.
Riscos
Como qualquer outra cirurgia, o transplante apresenta riscos, pois representa tratamento complexo e prolongado. Entre as possíveis complicações estão rejeição e infecção, que variam de acordo com o órgão transplantado.
O transplante requer uma grande compreensão por parte dos pacientes, principalmente pela necessidade de acompanhamento médico periódico; por outro lado, oferece uma condição de vida altamente compensadora.
Transplante de órgãos entre pessoas que não possuem parentesco
Foi instituído o Comitê de Avaliação para Transplantes Intervivos Não Relacionados. Esta iniciativa, inovadora em nosso meio, serve para demonstrar a transparência no Programa Integrado de Transplantes de Órgãos Einstein, bem como fortalecer a segurança do paciente, conforme fluxo de encaminhamento abaixo:
O que é compatibilidade HLA?
Quando duas pessoas compartilham os mesmos Antígenos Leucocitários Humanos (abreviação em inglês = HLA) diz-se que elas são compatíveis, isto é, seus tecidos são imunologicamente compatíveis. HLA são proteínas que se localizam na superfície de todas as células do organismo.
Relatos Sobre transplantes:
Transplante de córnea:
Transplante de medula óssea:
Transplante de Rim:
Visto tudo o que foi esclarecido aqui sobre transplante de órgãos , fica aqui no blog um apelo :
Valorize a Vida!
Doe Órgãos!